Orar pelo próximo.

Orar, "rezar" pelos milhões de pessoas que estão sofrendo em todo este mundo.Pelos que estão em hospitais, doentes com doenças terríveis, pelos que estão em uma guerra talves pessoal ou não, acidentados, preso a vícios. Todo tipo de injustiça !! Ninguém, é obrigado a nada queremos que DEUS nos escute e ajude, quem precisa. Jesus o Cristo, ele sabe tudo ele pode tudo amém.Cada bandeirinha no Globo, vou acreditar que seja alguém orando, ao Filho em nome do Pai e do Espirito Santo.Pois este mundo esta pior que Sodoma e Gomorra. (FIEL_e_Pecador)

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SEGUNDO A LEI.

Segundo o Evangelho, depois da Morte e Ressurreição do Salvador:
Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. [Romanos cap.4, v.5]
Qual das respostas acima se aplica a sua ''Religião''? Em que época da história você se encontra? No Antigo Testamento (Lei) ou Novo Testamento (Graça)?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O NÚMERO SETE






INTRODUÇÃO
A Bíblia apresenta este número como um número "perfeito" e podemos constatar pela própria natureza como o número sete está presente em tudo. A razão do número sete é insondável e prende-se com a pré-determinação de Deus.
Lemos em Génesis 1:1 "No Princípio, criou Deus os céus e a Terra". Esta afirmação foi escrita há cerca de 3.500 anos, numa frase, em Hebraico, que tem SETE palavras. SETE é o número de Deus. Aquilo que Deus faz, a favor do homem, traduz-se, inúmeras vezes, na Bíblia pelo número sete. O SETE representa aquilo que está completo, a plenitude, o que é perfeito, aquilo que Deus faz a que nada falta e nada se lhe pode acrescentar.
Analisando a Bíblia e o número sete, podemos chegar à conclusão que a Bíblia é de facto divinamente inspirada. Deus concedeu aos homens, o Velho Testamento em Hebraico, e o Novo Testamento em Grego, que são as línguas originais da Bíblia. Curiosamente (e isto não acontece em qualquer outro livro!, nem em qualquer outra peça cultural), as duas línguas em que a Bíblia foi escrita não têm símbolos separados para representar os algarismos como 1, 2, 3, etc. Em vez de um sistema numérico, como o nosso, a primeira letra, tanto do alfabeto grego como do hebraico, representa também o 1, a segunda, o 2, a terceira, o 3, etc. Estas são as únicas duas línguas da terra que têm este sistema (existiu também o aramaico - também uma outra língua em que foram escritos alguns extractos de livros da Bíblia, no original, mas essa língua já deixou de existir como língua corrente). Sabemos que o latim também usa em parte este sistema, mas é muito reduzido (número 1 = I, número 10=X, número 50=L, etc.). Todavia, reitero, no grego e no hebraico, cada letra representa um número.
Tomemos então uma página da Bíblia (basta uma página - qualquer que seja, pois a Bíblia no seu conjunto é toda composta pelo número sete). Se olharmos para ela, de uma maneira, veremos letras e palavras, frases e parágrafos, ideias devidamente verbalizadas. Mas se olharmos de outra forma, veremos algarismos, números, expressões numéricas, valores numéricos que revelam desígnios numéricos complexos e maravilhosos.
Ora, é impossível ao homem que possa escrever hebraico ou grego (e note-se que a Bíblia foi escrita por 40 pessoas diferentes, desde pastores, chefes, guerreiros, pescadores, profetas e reis, e ao longo de mais de um milénio), dizia, um homem mesmo que saiba essas duas línguas não pode imitar a arquitectura da Bíblia, constituída no seu todo por sete ou múltiplos de sete, que mais uma vez repito, só se encontra na Bíblia.
EXEMPLOS PARA ANÁLISE
1. Antes de iniciarmos a análise, devemos notar as seguintes regras das línguas hebraica e grega:
- Cada letra é também um número a que os eruditos chamam o "valor numérico da letra";
- A soma dos valores numéricos das letras que compõem uma palavra, constitui o "valor numérico da palavra";
- Cada palavra, hebraica ou grega, é também uma soma aritmética.
Por exemplo, a palavra hebraica YAWEH (=Senhor, referindo-se a Deus), tem o valor numérico de 26 enquanto a palavra grega Iesous (Jesus) tem o valor numérico de 888.
2. Podemos desde logo começar pelo primeiro capítulo e primeiro versículo da Bíblia. Na sua língua original, este versículo contém o seguinte:
  1. O número das palavras é sete;
  2. Estas sete palavras têm 28 letras (=4 setes)
  3. As primeiras três palavras têm 14 letras (=2 setes). As últimas quatro palavras têm 14 letras (=2 setes);
  4. As palavras quarta e quinta têm sete letras, as palavras sexta e sétima têm também sete letras;
  5. As palavras "DEUS" (sujeito da oração) e "CÉUS", "TERRA" (complemento directo) têm, na língua original, 14 letras (=2 setes). As restantes palavras têm também o valor numérico de 14 (=2 setes);
  6. O valor numérico de cada uma das sete palavras deste versículo é 1393 (=199 setes);
  7. A primeira letra da primeira palavra e a última letra da terceira palavra somam 42 (=6 setes)
  8. A primeira letra da quarta palavra e a última letra da sétima somam 91 (=13 setes)
  9. Ficando para as restantes o valor numérico de 1260, ou seja, 180 setes !
3. Um simples versículo composto por tantos setes e conjunto de setes! A maravilha é que esta situação repete-se quase versículo a versículo em toda a Bíblia. Neste versiculo de apenas sete palavras há, portanto, todos estes "fenómenos numéricos" centrados no número sete. Verificam-se também três divisões distintas de setes em três e quatros. Surge a questão: estes factos existem por desígnio ou por acaso ?
Será possível por acaso que isto tenha acontecido ? Se existirem por acaso, a probabilidade de tal se verificar (em relação aum versículo) é de 1 em 7 multiplicado por 7, oito vezes, ou seja, a probabilidade é de 1 em 5.764.801 (7x7x7x7x7x7x7x7). Acreditar no acaso requer, nesta situação, como em tantas outras, maior fé do que acreditar que o desígnio divino produziu estes fenómenos extraordinários cujo coração é o sete.
A grande maravilha porém não é esta: não há um único parágrafo, na Bíblia, nas línguas originais, cuja construção morfológica e sintáctica não obedeça a similares planos matemáticos. É preciso, por isso, Pedro, recordar que os 66 livros da Bíblia foram escritos por quase 40 pessoas no decurso de 1600 anos. Prova-se assim que a Bíblia, é no texto original, absolutamente inspirada, palavra por palavra, visto que nenhum homem ou grupo de homens poderia ter feito tal coisa.
4. O Senhor Jesus disse: "os cabelos da vossa cabeça estão todos contados" (Mateus 10:30). E Ele não estava a contar. A palavra "contados" vem do grego "arithmeo" donde deriva a nossa palavra "aritmética". Se Deus conta os cabelos da nossa cabeça, com mais razão contou as palavras dos escribas da Bíblia, guiando-os a combinações de números complexos e extremamente interessantes. Eu não conseguia fazer tal proeza. Mas Deus conseguiu. Alguém escreveu: "Deus conta as pétalas da Primavera, os lados das células dos favos de mel no Verão, as linhas da geada nas vidraças das janelas do Outono e os ângulos dos flocos de neve no Inverno". E é verdade. As folhas das árvores dispõem-se em círculo em volta do caule num certo número; os elementos nas reacções químicas unem-se ou dividem-se aritmeticamente; o raio vector do planeta descreve áreas iguais em tempos iguais. Para onde quer que olhemos, ao ver a Deus trabalhar, vêmo-LO fazendo-o matematicamente. Daí que possamos dizer ser a matemática uma ciência perfeita, porque o Seu Autor (Deus) é Perfeito.
5. Deus, é o Grande Matemático do Universo. É também o eterno "contabilista". Ele está permanentemente a contar - os dias que o ovo tem de ser aquecido até explodir em vida; os dias que a febre deve prevalecer até produzir a morte e as pulsações do doente à medida que mergulha naquela condição onde já não há mais nada a contar&ldots; Ele conta e regista todos os pecados daqueles que não O querem receber como Salvador e Senhor. Ele é o "Todo Poderoso que mede as águas com a concha da Sua Mão; mede os céus a palmos, encerra o pó da terra numa medida e pesa os montes em balanças".
O Dr. Daniel B. Turney (um ex-agnóstico convencido) escreveu (Herald of Gospel Liberty): "a arimetografia da Escritura é a sentença de morte da teoria dos críticos destruidores. Os trabalhos desenvolvidos pelo Dr. Ivan Panin sobre os valores numéricos das Escrituras são fatais para os inimigos da inspiração verbal da Bíblia e são, por sua vez, invulneráveis. O exame que eu próprio tenho feito da atitmetografia da Escritura apoia enfaticamente aquilo que o Dr. Panin sustenta... Esforços sinceros para encontrar expressões numéricas na "Ilíada" de Homero não tiveram qualquer sucesso. Todavia, logo que fiz a minha primeira experiência no livro de III de João, os meus trabalhos foram abundantemente recompensados. Comecei por este livro por ser de tamanho reduzido e porque nos escritos de Panin não o vira analisado. Os resultados foram de tal ordem, ao encontrar tantos esquemas numéricos, que fiquei sem qualquer dúvida sobre a veracidade da teoria de Ivan Panin..."
6. Mas mais. Não é apenas na Bíblia que vemos o número sete. As criações de Deus também o possuem.
6.1. Por exemplo, milhões incontáveis de flocos de neve podem cair durante uma curta hora sobre uma reduzida área. Cada floco é um cristal, criação única de Deus, possuindo uma individualidade exclusiva, e tesouros de design artístico jamais sonhados até à invenção do microscópio e da câmara fotográfica que permitiu ao homem ver e fixar permanentemente as suas formas de esbeltez. Cada floco cresce e desenvolve-se a partir de um núcleo central, em seis direcções, diferentes, inteiramente simétricas. Este núcleo central, que está sempre presente, liga e segura as ramificações numa unidade que expressa ... o sete.
6.2. Um raio de luz solar passando através do bordo de um pedaço de vidro resulta na separação dos elementos, de várias cores, que o constituem com vários comprimentos de onda. O complemento de uma cor é aquela cor que, quando unida a ela, produz o branco, no caso da luz, ou o cinzento neutro, no caso dos pigmentos. Assim, o vermelho tem por complemento o verde, o complemento do laranja é o azul, enquanto que o amarelo e o violeta são cores complementares. Temos assim nessa separação, sete cores: 1) vermelho; 2) laranja; 3) Amarelo; 4) Verde; 5) Azul; 6) Violeta e 7) (a unir todos) - o branco. Podemos ver essas mesas sete cores num cristal de neve, o qual é feito de miríadas de prismas de gelo, infinitesimais, de cores que vão desde o vermelho ao violeta, cuja complementaridade dá à neve aquela cor branca brilhante que conhecemos. Tanto a luz cmo o som devem-se a vibrações ou pulsações de ondas.
6.3. As próprias notas da música são sete - 1) Sol; 2) Lá; 3) Si; 4) Ré; 5) Mi; 6) Fá e 7) Dó !!! Como é isto possível ? Será produto do acaso ? O som é produto do acaso ou é desígnio de Deus?
APLICAÇÃO ESPIRITUAL
Antes de indicar outros casos na Bíblia do número sete, façamos agora uma aplicação espiritual do sete.
Deus Triuno - Pai, Filho e Espirito Santo redime o Homem que também é trino (corpo, alma e espírito). E essa redenção fez-se na Cruz do Calvário, pelo Sacrifício do Senhor Jesus Cristo. É na Cruz que Deus e o Homem podem encontrar-se em paz, reconciliando-se em um todo que se expressa pela plenitude (sete):
    DEUS
    1.Pai
    2.Filho
    3.Espírito Santo
    ------------------ 7. Deus e Homem reconciliados em Jesus Cristo
    HOMEM
    4. Corpo
    5. Alma
    6. Espírito
Essa união encontrámo-la em João 17.21: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o És em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste". Isto não é mais do que a salvação operada pelo Senhor na vida daqueles que O recebem como Único e Suficiente Salvador..
MAIS EXEMPLOS
1. A palavra hebraica "Elohim", traduzida por "Deus" é plural. Representa Deus Tri-Uno: Pai, Filho e Espírito Santo. Os Três participaram na criação do Homem e os três participam na redenção do mesmo. "E disse Deus (Elohim): Façamos o homem à nossa imagem". A expressão em hebraico tem dez letras com os seguintes valores numéricos: 6,10,1,40,200,1,30,5,10,40, que totalizam 343 (= 7x7x7). É portanto, o SETE elevado ao cubo.
2. O Cordeiro de Deus (Jesus Cristo, João 1:29) foi tipificado pelo Cordeiro Pascal do Velho Testamento. A verdade da Páscoa é o coração da Bíblia e estabelece o princípio divino da expiação pelo sangue. O Velho Testamento contém a palavra páscoa 49 vezes (7x7). A mesma palavra aparece no Novo Testamento 28 vezes (4 x7).
3. A Bíblia inteira contém a palavra "páscoa" 77 vezes (11 x 7). Ora, o número ONZE na Escritura é o número que expressa graça (um benefício de Deus) - Lê Efésios 2:8,9 - "Pela graça sois salvos, por meio da fé. Isto não vem de vós é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie". 7x 11 traduz, pois, o concerto da expiação pelo sangue, a redenção pela graça. Lemos em 1Coríntios 5:7: "Cristo, a nossa Páscoa, foi sacrificado por nós".
4. O Evangelho de Lucas dá-nos a genealogia do "Filho do Homem". Segundo Lucas, desde Deus encarnado (Jesus Cristo) até Adão, há 77 nomes na Sua genealogia, ou sejam, 11x7.
5. Os Quatro Evangelhos recordam 7 frases de Jesus na cruz: 3 em João, 3 em Lucas e 1 em Mateus, que também é apresentada em Marcos. No texto grego, o número de palavras empregadas nas sete frases é 49 (7x7). A sétima frase de Jesus, na Cruz, foi: "Está consumado, Nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito".
6. Deus descansou ao sétimo dia.
7. Enoque foi o sétimo depois de Adão e ele foi o único, junto com Elias, que não passou pela morte, antes foi arrebatado (trasladado) para o céu, como serão todos os que estiverem vivos na altura da Vinda do Senhor Jesus Cristo para arrebatar a Sua Igreja.
8. A Páscoa era anualmente sacrificada, como um memorial no dia 14 (2x7), do mês de Abib ou Nisan (o primeiro mês do calendário judaico, que corresponde a Março/Abril).
9. A festa dos pães asmos, que lhe seguia, impunha que se comessem pães asmos (sem fermento, que é o símbolo do pecado), durante SETE dias - Levítico 23:6.
10. A festa do Pentecostes: "depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxeres o molho da oferta movida: sete semanas (7x7) inteiras serão" (Lev. 23:15).
11. A Festa das Trombetas era no primeiro dia do mês sétimo (Lev. 23:24). O dia da expedição era o "decimo dia do SÉTIMO mês" (Lev. 23:27).
12. O remanescente de Israel foi exilado para a Babilónia durante setenta anos (10x7).
13. Também no Novo Testamento abundam os SETES. No Apocalipse, que é o livro da consumação da redenção, o sete domina todos os textos: sete igrejas, sete espíritos, sete castiças de ouro, sete estrelas, sete lâmpadas de fogo, sete trombetas, sete taças, sete olhos, sete anos, sete trovões, sete mil, sete coroas, sete últimas pragas, sete montes, sete reis, etc. etc.
14. A palavra Cordeiro que revela o Senhor Jesus Cristo na Sua Obra expiatória e redentora, aparece no Livro do Apocalipse 28 vezes (4x7) que corresponde exactamente ao mesmo número de vezes que a palavra páscoa aparece no Novo Testamento.
CONCLUSÃO
Deus colocou este número como base precisamente para mostrar a Sua Plenitude, a Sua Graça, o Seu Amor pela Humanidade, e como quer resgatá-la. A mesma apresentação é o selo de Deus como prova da infalibilidade da Bíblia e simultaneamente prova da Sua Divina Inspiração. O Senhor Deus, nos Seus Eternos Desígnios assim o determinou e apresenta em todas as coisas para conhecimento do Homem que Deus é Único, Perfeito e Todo Poderoso, para que os homens nEle reconheçam todas as coisas e se humilhem perante Ele, aceitando a salvação que Ele gratuitamente concede a todos os homens. Basta pois crer. E se formos sinceros, é de facto preciso ter mais fé para crer que tudo isto é um acaso ou uma coincidência, do que crer nEle na Sua imensa Sabedoria.
Fonte :
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Que São os “Sete Espíritos” em Apocalipse?



ESPIRITOS, SETE, QUEM, SÃO, O QUE, ESTUDO BIBLICOS, TEOLOGICOS



Já recebemos alguns emails perguntando sobre a identidade dos sete espíritos que são mencionados no livro de Apocalipse, ou pedindo um estudo bíblico sobre o assunto. É bem normal alguns leitores casuais das Escrituras acharem várias definições para essa expressão apocalíptica. Alguns encaram como algum anjo específico, como arcanjos, como um agente de alguma forma empregado para cumprir a vontade de Deus no tocando ao Seu povo na terra. Existem outras definições encontradas nas interpretações místicas das Escrituras, principalmente dos livros apócrifos e pseudo-epígrafos.

Como normalmente nós costumamos dizer em nossas matérias, principalmente nas que tratam de responder alguma pergunta, ou de tratar de assuntos teologicamente delicados, gostamos de ressaltar que o que dizemos não é uma regra e nem que a nossa interpretação é a que vale. Não! De forma alguma esse é nosso pensamento. Estamos tentando responder algo de acordo com o que nos parece ser plausível, lógico e harmônico com o restante das Escrituras. Portanto, deixaremos apenas que a Bíblia, com seus livros canônicos, e não livros apócrifos, esoterísmo judaico, ou angiologia pagã, nos defina a identidade destes.

Antes de responder a pergunta diretamente, aconselhamos primeiro, caro leitor(a), que leve em consideração o que alguns chamam de numerologia bíblica. Seria muita coincidência um número se repetir abertamente nos textos bíblicos e dizer que não há razão por estarem ali, apenas estão. É digno de nota a frequência do número 7, não apenas no livro de Apocalipse, mas em toda a Bíblia. Entender plenamente o significado por trás desse número já é meio caminho andado na compreensão da expressão “sete espíritos”. Veja algumas referências bíblicas ao número sete no livro de Apocalipse.

Das cerca de 63 ocorrências da palavra “sete” επτα (Gr.: hepta) no N.T, segundo o Texto de Westcott e Hort, assim como o Textus Receptus, 31 aparece no Apocalipse de João, ou seja, 49% das ocorrências está em Apocalipse.

João menciona “sete igrejas” e “sete espíritos” (Ap. 1:4), “sete castiçais de ouro” (Ap. 1:13), “sete estrelas” (Ap. 1:16), “sete selos” (Ap. 5:1), “sete chifres” e “sete olhos” (Ap. 5:6), “sete anjos” e “sete trombetas” (Ap. 8:2), “sete trovões” (Ap. 10:3), “sete mil homens” (Ap. 11:13), “sete cabeças e sete diademas” (Ap. 12:3), “sete últimas pragas” (Ap. 15:1), “sete taças de ouro” (Ap. 15:7) “sete taças da ira de Deus” (Ap. 16:1) “sete montes” (Ap. 17:9) “sete reis” (Ap. 17:10)

É consenso entre os estudiosos da Bíblia que o número 7 se refere à algo que é “completo, perfeito, inteiro”. Deixando que a própria Bíblia defina o quê significa o quê, veja Salmos 12:6. Esse texto diz:
“As palavras de Jahweh são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes.”

Para uma prata atingir seu nível pleno e completo, ela precisa passar por um processo de purificação inteiro, pleno, ou seja, purificar “sete vezes”. Assim as palavras de Deus são completamente puras, assim como uma prata é plena e inteiramente refinada ao passar por um inteiro e completo processo de purificação, simbolicamente representado pelo “sete vezes” no texto.

Portanto, esse hebraísmo foi seguido também nos escritos neotestamentários, principalmente o Apocalipse de João que está carregado com a linguagem hebraica profética, sendo ele mesmo um judeu. (Romanos 3:1, 2)

Assim, “sete espíritos” seria sinônimo de “espírito pleno”, “espírito completo”, “espírito perfeito”. Caro leitor(a), que Espírito nas Escrituras se enquadra nessa descrição? Não podemos aceitar a declaração de alguns de que estes são os sete anjos que Tobias faz menção no seu livro (12:15), pois aceitar isso como autoridade é o mesmo que aceitar as outras loucuras desse livro espúrio. Apenas o Espírito Santo de Deus se enquadraria nessas definições, visto ser Ele é um Espírito Ímpar (7), Único, Pleno e Perfeito, pois vem de Yahweh o único Deus verdadeiro.

John Gill comenta:
“Esses sete espírito se referem ao Espírito Santo de Deus,… ele é mencionado por esse número devido a sua plenitude e perfeição e com respeito às sete igrejas”.

Numero 7


7 cores do espectro;
7 notas musicais;
7 mares;
7 maiores continentes;
7 dias da semana;
7 níveis de complexidade;
7 maravilhas do mundo;
7o. dia de descanso.


O número sete também possui um alto significado na Bíblia, onde ele tem implicações místicas para muitas religiões e sistemas espirituais.


SETE REINOS

Os antigos cabalistas revelaram que o nosso mundo físico de três dimensões mais a quarta dimensão do espaço e tempo representam apenas uma porção insuficiente da realidade.
Existe muito mais além da limitada percepção humana.

Existem, dez dimensões que formam a realidade.
As três dimensões mais elevadas, chamadas Três Superiores, existem fora da nossa realidade física.
As Sete Inferiores, entretanto, se manifestam diretamente e interagem com o nosso ambiente.

As Sete Inferiores estão relacionadas com 7 planetas de influência astrológica. Como pensava a maioria dos antigos astrólogos os 7 planetas afetavam o nosso reino de experiências, os cabalistas também compreenderam que existiam outros 3 planetas: Netuno,Urano e Plutão mas que eles não tinham efeito direto sobre o nosso mundo.

TECIDO DA REALIDADE

O cabalista do século 13 Rabino Abraham Abulafia disse que estes 7 níveis estão imbuídos na criação. Ele os identificou como:

· FORMA = ENERGIA
· MATÉRIA = PARTÍCULAS SUBATÔMICAS
· COMBINAÇÃO = ÁTOMOS
· MINERAIS = MOLÉCULAS
· VEGETAIS = PLANTAS
· ANIMAL = ANIMAIS
· HOMEM = HOMEM

De acordo com Abrahão o Patriarca, existem 7 portais para a alma. Os olhos podem ser as janelas da alma, mas há 7 portais no total: 2 olhos,2 ouvidos, 2 fossas nasais e a boca.
Abrahão revelou este conhecimento
4.000 anos atrás. 
No Livro da Formação.[/color]

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Pedro, tu me amas ?



PEDRO, TU ME AMAS?



Que pergunta crucial o Senhor fez ao apóstolo Pedro, pergunta esta que mexeu com a sua estrutura e também irá abalar a sua, meu querido, que esta lendo este comentário. Precisamos entender algo: Jesus é Deus, Ele não precisava perguntar qual era a intensidade do amor de Pedro, Ele sabia a resposta e a dimensão deste amor, mas isso também é incrível, já que Ele sendo Senhor de tudo e de todos e conhecedor de todos os mistérios, mesmo assim Ele fez essa pergunta, Ele quer se relacionar com os seus, mas diante desta afirmação, então, qual o motivo da pergunta, se Ele já sabia que Pedro o amava e este amor era verdadeiro? Meus irmãos, me atrevo a dizer que Jesus não queria saber isso, mas o que o Senhor queria era que, através desta pergunta, Pedro soubesse qual era o sentimento que, verdadeiramente, ele tinha em relação ao seu Salvador, o Senhor de sua vida. 

"Pedro estava triste, pois, ter negado o Senhor três vezes, não tinha conseguido manifestar o seu amor pelo Senhor pelas suas próprias forças. Ele havia dito: mesmo que todos me abandonem, eu jamais te abandonarei" mas, Jesus queria lhe ensinar a depender de sua Pessoa, pois para este assunto de amor, somente o Próprio Deus poderia ensiná- lo, primeiro de tudo ele tinha que olhar para si mesmo. Através do espelho que era o próprio Jesus diante dele. 

Amados, com isso aprendemos uma coisa: o Senhor nos coloca em algumas situações até mesmo constrangedoras aos nossos olhos, mas, a bem da verdade, é que o Senhor quer nos mostrar o que de fato existe dentro de nos, e só conseguiremos ver isso, de forma profunda, quando estivermos diante do maior espelho que revela todo o nosso ser, este sim que nos mostra quem verdadeiramente somos e diante deste ninguém pode negar quem é, e o que sente por Ele. Na presença dEle não existe nada de oculto. 

Quando o Senhor olha para as nossas vidas Ele nos transforma e desperta um amor por Ele que é totalmente incomparável. Pois sem ajuda do Senhor não conseguiríamos amá-lo como deveríamos, mas o seu amor por nós, nos constrange, de tal forma, que não conseguimos amar outra pessoa acima de todas as coisas que não seja o Senhor Jesus. Que estejamos estar sempre diante do Senhor para que possamos aprender com Ele o que verdadeiramente significa amá-lo. Em matéria de amor somente um Deus que é amor, pode nos ensinar o que é o verdadeiro amor. E que nossa resposta seja; Senhor tu sabes que eu te amo.

Ev. Jefferson Lima

“Pedro tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,1-19)


        Jesus perguntou a Simão Pedro por três vezes : " Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?"

        Na terceira vez Pedro percebeu o porquê Jesus insistiu naquela pergunta. Simão Pedro se lembrou de que havia "pisado na bola" por três vezes, que havia negado o Filho de Deus. Percebeu que havia "amarelado" se acovardado diante do perigo de também ser preso por ser um dos discípulos do Mestre.
        Recordemos que Pedro se mostrou corajoso, amigo fiel, e defensor de Jesus quando Este anunciou o sofrimento que iria passar.
        Nós também somos assim. Muito corajosos, e fiéis a Deus quando estamos celebrando, quando estamos no altar, quando estamos pregando o Evangelho. E quando acabamos de comungar então, fazemos uma cara de que somos cristãos a toda prova. Será? Pois nesse momento Jesus está do nosso lado dizendo. Ainda hoje mesmo me negarás mais de três vezes. É. Pedro negou Jesus por três vezes. E nós? Quantas vezes já negamos Jesus?
        Negamos Jesus quando damos maus exemplos de cristãos atuantes. Quando junto com os amigos falamos palavrões, quando rimos das piadas altamente picantes, ou até contamos algumas delas. Já imaginou um catequista parar na rua para observar um lindo corpo da mulher que passa, e ou mexer com ela, dizendo coisas incompatíveis ou indignas da sua posição de um escolhido de Deus para evangelizar pela palavra e pelo testemunho? E se os pais dos seus "alunos" ou mesmo os jovens aos quais ele é responsável pela formação religiosa estiverem passando por perto e verem aquela cena? Já pensou um sacerdote que indo celebrar um casamento em uma fazenda distante, depois passar a noite toda bebendo e dançando? É isso já aconteceu em algum lugar do interior do Brasil.
        Prezados irmãos. Nós cristãos vocacionados e engajados na linha de frente da Igreja, somos observados para não dizer vigiados nos lugares por onde andamos e passamos. Seja um simples coroinha, uma secretária paroquial, freira, catequista ou sacerdote. Todos nós não podemos nos esquecer de que somos Igreja e como tal devemos nos comportar adequadamente 24 horas por dia, e não somente na hora em que estamos no exercício da nossa missão, mais em todos os lugares. Porque pode estar por perto uma pessoa cujo rosto não nos lembramos de ter visto na Igreja, nos olhando, e observando o como nos comportamos, mesmo que estejamos distantes da área geográfica da nossa paróquia ou da nossa atuação missionária.
        Vamos pedir a Deus que nos lembre sempre que em todos os lugares devemos dar bons exemplos, pois o ato de evangelizar não é somente falar, mas sim, demonstrar. Um visual fala por mais de cem palavras.
        Mas não desanimemos, principalmente os catequistas jovens, que enfrentam com mais freqüência as situações em que fica difícil comportar-se como cristãos atuantes. Lembremos que não obstante as negações de Pedro, Jesus o perdoa e o transforma ou ordena o primeiro Papa da Igreja. Não vamos desistir do nosso trabalho missionário, por causa dos nossos maus exemplos, achando que não temos jeito mesmo. Nós podemos contar com o perdão de Jesus, com a sua força para evitar tais situações, por exemplo, nos calando diante de uma conversa pornográfica na rodinha de amigos. Nós contamos ainda com tudo aquilo que Jesus nos disponibilizou para a nossa conversão diária, ou seja, a Igreja e seus sacramentos. Coragem! Converta-se diariamente, e vá em frente!
        Repito aqui, que teríamos mais e melhores padres, se o celibato não fosse obrigatório. Não estou criticando a minha Igreja nem incentivando nenhuma espécie de cisma. Na qualidade de cristão missionário atuante, estou sim, contribuindo para um futuro melhor, sem noticiários constrangedores para a minha Igreja que conta com a força e a proteção de Jesus Cristo até o fim dos tempos.

Dicas - De brincadeiras para as crianças! (Infantil)





O Pulo do SapoMarcar no pátio as linhas de partida e chegada. Ao sinal dado, os participantes, em posição de sapo (de cócoras), devem sair pulando até a linha de chegada. Vence aquele que chegar primeiro.
Imitando TartarugaEscolhem-se quatro jogadores para serem os pegadores. Os jogadores, para evitar serem apanhados, deitam-se de costas no chão, com os braços e pernas para cima imitando uma tartaruga. Quando estiverem na posição da tartaruga, não poderão ser apanhados. Termina a brincadeira quando todas as crianças forem pegas.
Corrida ao ContrárioTraçam-se duas linhas a uma distância de 10m (sendo uma o ponto de chegada e a outra o de partida). Ao sinal dado, todos os participantes estarão de costas e iniciarão uma corrida. O participante que chegar primeiro deverá voltar correndo de frente até o ponto de partida. Quem chegar primeiro será o vencedor.
Corrida do CachorrinhoMarcar um ponto de partida e outro de chegada. Os participantes devem imitar a posição de cachorro, alinhando-se na partida. Ao sinal, saem depressa em direção à linha de chegada. Quem chegar primeiro será o vencedor.
Corrida de DoisAs crianças dão as mãos e não podem se soltar. E assim correm, pulando até a linha de chegada. Vencem os dois que primeiro atingirem a linha de chegada.
O Caçador EspertoRiscam-se dois círculos para colocar os animais: as raposas e os coelhos( dois times com número igual de participantes). No centro, entre os dois círculos, risca-se também um triângulo, onde ficará o caçador. Os animais dos dois times chegam bem perto do caçador. Os que forem pegos pelo caçador passam a ser caçadores nas próximas jogadas, devendo ficar junto ao caçador, dentro do triângulo. A brincadeira continua e no final o time que tiver mais participantes será o vencedor.
Atenção, Olha o Caçador!As crianças serão separadas em grupos de diferentes animais. Deve haver vários de cada classe, por exemplo: ursos, macacos, coelhos, etc. Desenhar dois círculos em cantos opostos. Uma das crianças será o caçador, ficando entre os dois círculos; o resto dos animais, em outro círculo. O caçador chama o nome de um dos animais e todos os que representam esse animal deverão correr pelo lado oposto. O caçador os perseguirá e, se conseguir, pegar alguém antes que chegue ao círculo, este trocará de lugar com o caçador.
Pique com BolaFormar um círculo com todas as crianças, com espaço entre elas. Uma será escolhida para ficar no meio do círculo com uma bola. Dado o sinal, a criança jogará a bola para qualquer colega e em seguida sairá do seu lugar. Este toma a bola, corre para o centro do círculo e continua a brincadeira.

Balões voadores
As crianças estarão uma ao lado da outra sobre uma linha marcada no chão. Cada uma receberá um balão de borracha, enchendo-o de ar o máximo possível, segurando com o dedo para não esvaziar. Quando o professor gritar, as crianças devem soltar os balões que voarão e girarão de diversas formas. Será vencedor o dono do balão que cair o mais longe da linha marcada.
Voa, não voa...As crianças estarão assentadas em círculo. O professor falará o nome de uma ave, e as crianças deverão mover os braços e as mãos como se estivessem voando. Quando o professor falar o nome de algo que não voa, as crianças deverão ficar com os braços e mãos imobilizados. Quem errar sai da brincadeira ou paga uma prenda. Ex: " Borboleta voa?( Todos imitarão o vôo.)Jacaré voa?(Todos deverão ficar imóveis). O professor.
Autor: (Desconhecido)
Fonte: (projetospedagogicosdinamicos)
Imagem: (Meramente ilustrativa)

Que Brasil desejamos para nossas crianças em 2016? Synésio Batista da Costa


  
As Olimpíadas do Rio 2016 serão uma nova oportunidade para o Brasil olhar para o futuro. Muitos dos pequenos brasileiros de hoje virão a ser os atletas olímpicos daqui a sete anos. Eles competirão em estádios construídos por operários, muitos deles frutos de uma geração com poucas oportunidades, mas que poderão vivenciar as conquistas de seus filhos.
Do ponto de vista econômico, conseguimos inúmeros avanços. Temos hoje uma economia com bases sólidas; a inflação sob controle e parâmetros financeiros de primeiro mundo; atingimos “Investment Grade” (recomendação de investimento); fomos os últimos a entrar na crise e os primeiros a sair dela. Enfim, sopram ventos favoráveis para mudanças estruturais na educação, na saúde e na qualidade de vida, especialmente para as crianças.
Por isso, com a missão de organizar o principal evento esportivo do planeta, e com indicadores econômicos tão positivos, os nossos governantes têm pela frente a chance de serem os operários na construção de uma geração campeã, vitoriosa na formação educacional, com ampla oferta de oportunidades e de um horizonte mais glorioso. Muitas mudanças e inovações como essa também estão por vir. Afinal, hoje somos uma das maiores economias do mundo e um dos principais países emergentes ao lado da Rússia, Índia e China (BRIC), também integramos o G20 e, por diversas vezes, somos reconhecidos como liderança na América Latina e no cenário mundial.
Entretanto, em relação à educação, de acordo com um ranking elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora o cumprimento de metas alcançadas pelos países para melhorar o ensino, o Brasil ocupa a 80ª posição em uma lista de 129 países, ficando atrás de nações como Paraguai, Venezuela, Argentina, Kuwait e Azerbaijão.
Além disso, o Brasil é o 75º colocado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) medida esta que compara a riqueza, a alfabetização, a educação, a esperança de vida, a natalidade e outros indicadores de 182 países do mundo. Isso se deve ao fato de milhões de crianças brasileiras serem de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza, se encontrarem sem vagas em creches, nunca terem ido à escola, frequentarem escolas de péssima qualidade e morrerem por doenças que poderiam ser facilmente evitadas, como a diarreia e a desnutrição.
Apesar de termos muitos desafios pela frente, nossa visão é otimista, vemos as Olimpíadas como marco de uma nova nação rumo ao primeiro mundo, não só nos esportes, mas em todos os aspectos. E para que esse objetivo seja atingido, será necessário um investimento de aproximadamente R$ 30 bilhões em obras públicas, que também irão beneficiar e inspirar as milhares de crianças que, em 2016, certamente serão 60 milhões de vencedores.
Nosso desejo é o de sermos protagonistas do futuro do Brasil que terá 100% das crianças matriculadas em creches e escolas de qualidade, livres do trabalho infantil, com registro civil, bem nutridas, protegidas de qualquer forma de violência ou opressão. Enfim, que os nossos futuros campeões tenham todos os seus direitos garantidos e possam se orgulhar por fazerem parte do primeiro país da América do Sul a sediar uma Olimpíada.
*Presidente da Fundação Abrinq

Escolas do Rio de Janeiro recebem kits sobre internet segura novembro 25, 2011 por Rosane

A Safernet, organização especializada no combate de crimes na internet, distribuiu 1080 kits pedagógicos sobre como navegar com segurança na rede para todas as escolas municipais do Rio de Janeiro. O material traz um DVD multimídia, com histórias em quadrinhos, vídeos, sugestões de exercícios e textos divulgados na imprensa para estimular a discussão do assunto em sala de aula.
A cartilha Saferdic@s, como o próprio nome sugere, também explica como utilizar a web de forma segura para prevenir-se de diferentes crimes. O kit também vem com cartazes que trazem informações sobre como denunciar casos de abuso online e pornografia infantojuvenil na internet e outros crimes contra os direitos humanos.
Essa iniciativa conta com o apoio da Childhood Brasil e objetiva dar mais suporte para os educadores trabalharem de forma lúdica estes temas com seus alunos. O conteúdo fica disponível nas salas de leitura das escolas e poderá ser acessado, consultado e reproduzido.
Sobre a Safernet
Fundada em 2005 por um grupo de cientistas da computação, professores e bacharéis em Direito, a organização começou desenvolvendo pesquisas e projetos sociais voltados para o combate à pornografia infantil na Internet brasileira.

Hoje é uma entidade de referência nacional no enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos na web, e tem se destacado até fora do país pela capacidade de mobilização e articulação, produção de conteúdos e tecnologias de enfrentamento aos crimes cibernéticos e pelos acordos de cooperação firmados com instituições governamentais.
Seu objetivo é transformar a Internet em um ambiente ético e responsável, que permita às crianças, jovens e adultos criarem, desenvolverem e ampliarem relações sociais, conhecimentos e exercerem a plena cidadania com segurança e tranqüilidade.
Fonte: Childhood Brasil
“O João Pedro acha que a vida é touchscreen, tenta controlar tudo tocando na tela e nem olha para o teclado.”
É assim que a engenheira Katia Ferreira, 40, fala da relação de seu filho caçula, de 4 anos, com o mundo digital. O interesse de pequenos como João Pedro pela tecnologia suscita a pergunta: há idade mínima para uma criança ter seu primeiro computador?

Para o psicólogo Rodrigo Nejm, da ONG Safernet Brasil, a resposta passa primeiro pela avaliação dos pais sobre a maturidade do filho: “O importante é nunca perder de vista que o computador te conecta à maior praça pública do planeta, que é a internet”.
“E, como você não deixaria seu filho sozinho na rua, não deve deixá-lo sozinho na internet”, acrescenta Nejm.
O professor Nelson Pretto, que estuda educação e tecnologia na UFBA (Universidade Federal da Bahia), concorda que esse acompanhamento é necessário até que a criança tenha compreensão de que a internet oferece riscos.
Mesmo com a ressalva, ele destaca a importância do uso dos recursos eletrônicos pelos pequenos.
“A tecnologia tem um papel fundamental na formação das crianças. Formamos nossos jovens para viver no mundo contemporâneo. E esse mundo é cercado de tecnologia”, defende Pretto.
E, mesmo que o filho tenha o próprio computador, os pais devem sempre tentar monitorá-lo on-line.
AO ALCANCE DA VISTA
Nesse sentido, Nejm recomenda deixar o computador na área comum da casa. Para a criança ter computador no quarto, “somente a partir de uns 10, 11 anos, após ter sido acompanhada pelos pais desde os cinco, seis”, indica.
Os especialistas ressaltam que não há uma idade mínima para usar computador, mas chamam a atenção para o equilíbrio entre as atividades da criança.
“O computador deve ser usado para somar, e não para substituir as brincadeiras e obrigações infantis. Se ela só quer ficar no computador, não sai de casa, não brinca com outros garotos, certamente essa relação está sendo prejudicial”, alerta Nejm.
UMA HORA POR DIA
Para Pretto, “quanto menor a criança, menor deve ser o tempo para ela usar o computador”. Na avaliação dele, o ideal é não passar de uma hora por dia até ao menos os dez anos de idade.
A arquiteta Sabrina Zenario, 37, tem tudo isso em mente quando sua filha Catarina, 6, pede para visitar o site da Barbie, seu preferido. “Estou sempre junto. Ela só usa com a supervisão de um adulto”.
O computador que elas usam fica na sala e, oficialmente, pertence a toda a família. Mas Catarina tem outra opinião. “Ah, ela sempre diz que o computador é dela”, reconhece a mãe.
Cuidados essenciais: como evitar riscos para crianças na internet

Um estudo feito pela empresa de segurança Norton no ano passado já dá uma dimensão do problema: 62% das crianças e jovens que acessaram a internet no mundo tiveram pelo menos uma experiência negativa on-line.
A pesquisa, que ouviu 2.800 jovens de 8 a 17 anos em 14 países, mostra que 41% receberam convites de amizade por parte de desconhecidos em redes sociais, 33% baixaram pragas virtuais, 25% viram imagens de nudez ou violência e 10% foram convidados para encontros no mundo real.
Fica claro que, com o primeiro computador. surgem mais responsabilidades para os pais. Nas mãos da criançada, o equipamento pode ser uma janela para problemas.
Outro levantamento, divulgado ontem pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostra que 21% dos pais ou responsáveis por crianças de entre cinco e nove anos não controlam nem restringem o que elas fazem na rede.
O estudo, feito nas cinco regiões do Brasil, em áreas urbanas e rurais, mostra que 40% orientam os filhos sobre o uso da web, enquanto 15% bloqueiam sites impróprios.
O tema merece bastante atenção. A Norton mostrou que as crianças brasileiras são as que mais passam tempo on-line. Na média, são 18,3 horas por semana, deixando para trás países como Alemanha e EUA.
Muitas são as fontes de perigos. O contato com o conteúdo impróprio, como violência e pornografia, talvez seja a mais conhecida delas. Uma pesquisa da Kaspersky, publicada no ano passado, mostrou que a cada minuto existem 3.000 tentativas de acesso a conteúdo pornográfico por parte de menores.
Já blogs e redes sociais potencializam o contato com estranhos e a publicação de dados pessoais. Em um estudo com 875 jovens brasileiros, a ONG Safernet mostrou que 73% deles compartilharam fotos e 80% revelaram o nome.
CIBERVÍCIO
Outros dois problemas podem ser o ciberbullying e o vício em internet.
Ainda segundo a Safernet, 38% das crianças sofreram ciberbullying. Ou seja, foram alvo de humilhações e ataques na internet promovidos por gente próxima, quase sempre colegas de escola.
Já a dependência em relação à rede é um problema que ataca cerca de 10% dos internautas de todo o mundo, estima Cristiano Nabuco, psicólogo que coordena um grupo do Hospital das Clínicas que trata dependentes da web.
Com a expansão do mercado móvel, mais uma frente de batalha surgiu para os pais: as compras indevidas em lojas de aplicativos.
Em fevereiro deste ano, a FTC, agência que protege os consumidores dos EUA, decidiu investigar a App Store depois de receber reclamações por parte de pais furiosos com compras acidentais.
Para combater tudo isso, não adianta só instalar um antivírus no computador. É necessário conversar e ouvir a criança, botar a mão na massa e navegar com ela.
Fonte: Safernet
Férias deixam crianças mais expostas aos riscos da Internet
Com os perigos da pedofilia, da pornografia ou da violência online, que colocam milhares de crianças em risco, o Projecto Miúdos Seguros na Net (PMSN), de Portugal, lançou uma lista de recomendações que visam prevenir as famílias quanto aos perigos inerentes ao uso e abuso da Internet.
Entre as 10 recomendações sugeridas encontram-se sugestões que propõem aos pais colocarem os computadores numa zona comum da casa, saberem em que sites andam os filhos e quem são os seus interlocutores online ou o, sempre actual e necessário, diálogo entre pais e filhos.
O documento do PMSN foi emitido na sequência da publicação de uma reportagem no “Diário de Notícias” (DN), que dava a conhecer – de forma bastante gráfica e directa – a facilidade com que vários menores de idades (todos entre 12 e 14 anos) se prontificavam a fazer em frente às câmaras tudo o que lhes fosse solicitado a troco de carregamentos de telemóvel. Entre os muitos pedidos os jovens acediam em masturbar-se, despir-se, ou simular cenas de sexo.
As famílias têm de agir depressa
Tito de Morais, o fundador do PMSN não tem dúvidas de que algo deve ser feito e urgentemente, pois tanto o trabalho do DN como um anterior da revista “Sábado”, que descobriu pedófilos na Internet, “demonstram uma dualidade relativa à segurança online dos mais novos”.
Morais acredita que as famílias, e em particular os pais, têm a obrigação de “proteger as nossas crianças e jovens de contactos com terceiros potencialmente mal intencionados, mas também deles próprios”, uma vez que nem só de pedofilia vivem os recantos negros da Internet, mas também de muitos outos conteúdos ilícitos como, por exemplo, a violência extrema.
O especialista acredita que esta altura do ano aumenta a vulnerabilidade dos mais novos, pois o calendário das férias de Verão obriga-os a passar grande parte do tempo sozinhos, ou pelo menos sem o acompanhamento que seria desejado. Por isso relembra: “É importante as famílias estarem alerta e tomarem medidas preventivas”.
Recomendações para a segurança de crianças e jovens na Internet:
1. Assuma a responsabilidade

A segurança online de crianças e jovens é uma responsabilidade da comunidade. Para a garantir, é essencial que cada um de nós assuma as suas responsabilidades. Todavia, os primeiros desta linha são os pais, a família. Mas a escola e os educadores também têm um papel a desempenhar, tal como os responsáveis pelos espaços públicos de acesso à Internet, os grupos não governamentais de defesa e promoção dos direitos de crianças e jovens, autarquias, governo, legisladores, forças da lei, empresas do sector das tecnologias de informação e comunicação e meios de comunicação social. Se cada um nós assumir as suas responsabilidades e desempenhar o papel que lhe compete ao nível da promoção da utilização segura e responsável das tecnologias de informação e comunicação (TIC) por crianças e jovens, todos teremos a ganhar.
2. Promova a sua literacia digital

Um dos problemas que está na base de muitos dos problemas de segurança de crianças e jovens online reside no fosso existente entre crianças e jovens e os seus pais e educadores no que diz respeito ao conhecimento sobre as TIC em geral, computadores e Internet em particular. Não precisa de saber tanto quanto eles, mas saber o mínimo ajuda. Procure e frequente cursos que o ensinem a aprender a usar o computador, a Internet e os seus diversos serviços. Familiarize-se com os hábitos de utilização da Internet dos seus filhos e educandos. Saiba que serviços e que sites frequentam. Familiarize-se com os riscos, ameaças e perigos potenciais a que a Internet pode expor crianças e jovens. Procure recursos informativos existentes online que possam contribuir para desenvolver o seu nível de familiaridade com as TIC.
 
3. Dialogue com os seus filhos
À semelhança de muitas outras problemáticas, também a falta de diálogo entre pais e filhos, educadores e educandos está na base de muitos dos problemas de segurança de crianças e jovens online. Fale com os seus filhos sobre a forma como utilizam as TIC em geral, o computador e a Internet em particular. Ao fazê-lo, diga-lhes porque lhes dá acesso a este tipo de recursos, quais as suas expectativas, quais os valores que devem presidir à utilização, e deixe claro o que considera aceitável e não aceitável. Identifique sites que gostaria que visitassem e faça-o em conjunto com eles. Fale-lhes das coisas boas, mas não deixe também de os alertar para os perigos. Procure em conjunto sites que vos ensinem a usar as TIC de uma forma responsável e segura.
4. Coloque o computador numa zona comum da casa

Não dê livre acesso ao computador e à Internet – a qualquer dia e a qualquer hora – sem qualquer acompanhamento ou supervisão. Tal, é tão mais aconselhável quanto mais jovens forem os seus filhos ou educandos. Infelizmente, esta tarefa de supervisão é dificultada pelo facto de, em muitas casas, senão mesmo na maioria dos lares, o computador, a consola de jogos e outros dispositivos que fornecem acesso online, estarem colocados no quarto de uma criança. E muitas vezes com o monitor voltado para a parede.Este posicionamento dificulta qualquer acção de supervisão parental. Procure colocar estes dispositivos numa zona comum da casa e com o monitor virado para o interior do espaço e não para a parede.
5. Defina regras de utilização
Sente-se com os seus filhos e defina um conjunto de regras que devem ser observadas relativamente à utilização das TIC em geral, do computador e da Internet, em particular. No caso de ser um responsável por uma escola que fornece acesso online aos seus alunos, ou no caso de ser responsável por um espaço público que fornece acesso à Internet gratuitamente, defina uma Política de Utilização Aceitável, para os recursos que disponibiliza e certifique-se que nenhum menor tem acesso aos mesmos sem autorização parental e sem conhecimento prévio das condições de utilização.
6. Garanta o cumprimento das regras

Coloque as regras estabelecidas no ponto anterior num local visível perto do computador, de forma a todos quantos o utilizam as vejam e tenham consciência delas durante a utilização. A segurança online de crianças e jovens não é algo estático, mas algo dinâmico. Regularmente surgem novas ameaças. As crianças crescem e amadurecem. Reveja periodicamente as regras para se certificar que estas reflectem a realidade e se continuam a adequar à idade e à maturidade dos seus filhos ou educandos.
7. Conheça novas ferramentas
Para além das ferramentas de segurança básicas como as firewalls, as aplicações anti-vírus, anti-spyware, anti-phishing e as ferramentas anti-spam, existem outras mais específicas no domínio da segurança online de crianças e jovens. Refiro-me a ferramentas de classificação e de filtragem de conteúdos, ferramentas de monitorização da utilização, de controlo do tempo de utilização e ferramentas que vedam o acesso a determinados programas, etc. Por si só nenhuma delas é a solução, mas podem ser integradas de forma a garantir a segurança de crianças e jovens na Internet. Informe-se sobre elas, decida quais as adequadas para a sua família, escola ou espaço público de acesso à Internet e implemente-as. Analise periodicamente se a sua solução se mantém actual e se continua a corresponder às suas necessidades. E sobretudo lembre-se que a melhor ferramenta para garantir a segurança online dos seus filhos e educandos não é um qualquer software milagroso, mas o software que qualquer criança tem entre as suas duas orelhas. Acima de tudo, é no “desenvolvimento” deste software – o seu pensamento crítico – que deve apostar.
8. Mantenha o controle

Partilhar um computador com crianças e jovens não é uma tarefa fácil. Controlar essa partilha é da sua responsabilidade. Para isso, lembre aos seus filhos e educandos que o acesso não é um direito, mas sim um privilégio. Como privilégio que é, o acesso pode ser vedado a qualquer altura, sobretudo quando as regras de utilização não são cumpridas.
9. Regule os encontros offline
Um dos grandes perigos para uma criança ou para um jovem são os encontros offline com pessoas que apenas se conhecem online. Como já aqui referi, se na Internet qualquer criança se pode fazer passar por um adulto, o contrário também é verdade. E se é verdade que a Internet potencia a criação de novas amizades, também não é menos verdade que nem todos as pessoas são bem intencionadas. Assim, deixe claro desde o início que encontros na vida real com pessoas que apenas se conhecem da Internet, apenas são permitidos com sua autorização prévia, na sua presença ou na presença de um adulto por si previamente autorizado.
10. Saiba por onde andam, com quem falam e o que fazem

Na vida real, um pai ou uma mãe geralmente gostam de saber por onde andam e com quem andam os seus filhos. O mesmo deve acontecer online. Fale sobre o assunto com o seu filho/educando. Que sites visitam? Com quem trocam mensagens? Veja regular e conjuntamente o histórico do browser instalado no seu computador e analise periodicamente os logs do seu computador.

Fonte: Expresso . Clix . Pt
Um comportamento diferente ou uma dificuldade inesperada de seu filho, um acontecimento traumático, uma reação surpreendente: o que pensar e qual atitude tomar na hora em que bate a dúvida de procurar um psicólogo. Saiba aqui que tipo de situação, quais especialistas você vai encontrar e por que não há razão para ter preconceito ou se sentir fracassado.
Quando planejamos ou temos um filho, a felicidade e a responsabilidade são tão grandes que muitas vezes nos parece uma missão impossível. Mesmo que a jornada já tenha começado. Diante de um conflito – de não conseguir que a criança saia da frente da TV até como fazê-la entender que seus pais não vão mais morar juntos –, é legítimo achar que a força de ser mãe ou ser pai vai desmoronar. Mas também legítimo é entender que pode precisar de ajuda. De alguém da família, de um educador da escola, de um amigo ou, sim, de um terapeuta. Mas quem é esse profissional? Como entender esses vários “psis” disponíveis?
Psicólogo, psicanalista, psicopedagogo e psiquiatra são alguns dos especialistas apoiadores dos pais, desde um caso de transtorno comportamental diagnosticado a uma dificuldade pontual emocional. Ah, mas antigamente não precisávamos deles, alguém pode dizer. Verdade, sabe por quê? Antes sabíamos menos sobre o que se passa na infância. “O preconceito contra esse tipo de atuação profissional está diminuindo porque temos informações melhores”, diz o pediatra Eduardo Juan Troster, coordenador da UTI Neonatal do Hospital Albert Einstein (SP). “As questões da saúde evoluíram tanto que é praticamente impossível só um profissional dar conta de um ser humano do ponto de vista clínico, orgânico, mental, emocional”, diz a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).
A discussão acontece também em Brasília. Fez parte das reuniões sobre as indicações e normas da Agência Nacional de Saúde (ANS), que regula os planos de saúde no Brasil. Tanto que, desde junho do ano passado, os convênios médicos são obrigados a pagar por 40 sessões/consultas com psicólogo ou terapeuta ocupacional, que sempre devem ser indicados por um médico que já esteja cuidando desse paciente. “A gente vem sempre discutindo ampliar a participação desses profissionais por entender que é necessária uma visão multidisciplinar”, diz a médica e hebiatra Karla Coelho, gerente de atenção à saúde da ANS. E será que a lista desses profissionais nos livros do convênio médico pode diminuir o preconceito? “Sim, essa abertura pode ajudar a desmitificar a atuação de um psicólogo, por exemplo, e melhorar a avaliação da criança e do adolescente”, completa.
Claro que não é fácil enxergar um problema no filho. Para ninguém. Qual pai ou mãe não luta todos os dias para que ele seja feliz? “Os pais têm sempre um filho imaginado, e, às vezes, não conseguem aceitar o filho real, assumir para si mesmo que ele é diferente do esperado. É difícil não se culpar, não se decepcionar ou até sentir um certo ciúme de que outra pessoa vai ajudá-lo e não você”, diz Gina Khafif Levinzon, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise e professora do curso de psicoterapia psicanalítica da USP. Outra dificuldade pode ser a de não querer acreditar que o filho, de fato, tem algum problema e sempre buscar uma justificativa para o comportamento dele. Aceitar a realidade não quer dizer que você falhou.
Mas quando procurar ajuda? Há dois sinais mais fortes. “Primeiro, se a criança ou adolescente tem um problema acadêmico. Não uma nota baixa, mas quando realmente se percebe que não está aprendendo. Segundo, se tem algum prejuízo de relacionamento social. Se exclui ou é excluído, é impulsivo demais, fica isolado no recreio, não tem amigos. Com a criança sofrendo, investigue. E isso pode resultar em medicação, medicação e terapia, às vezes só terapia ou somente um aconselhamento aos pais”, diz o psiquiatra Gustavo Teixeira, autor dos livros Manual Antibullying e Desatentos e Hiperativos (ambos da Ed. BestSeller). Segundo ele, como a ciência aponta sempre que somos fruto da soma de genética e ambiente, pode-se fazer muito pela segunda parte. “Prevenção e intervenção precoce são oportunidades de ouro.”
Juntos pela criança
Parceria e foco são fundamentais. “Não adianta ter uma série de intervenções se os pais possuem uma conduta inapropriada. Indiretamente, eles quase que passam por um processo terapêutico também”, diz o psiquiatra Paulo Germano Marmorato, coordenador do Ambulatório de Socialização, do Serviço de Psiquiatria da Infância e do Adolescente do Hospital das Clínicas (SP). “Muitos temem que a criança fique dependente da terapia. Mas, na verdade, o objetivo é justamente fazer com que ela caminhe sozinha”, afirma Gina Levinzon.
Por isso, para Paulo Marmorato, os pais precisam saber o que está acontecendo com a criança o tempo todo. “Para entenderem que tipo de proposta o profissional oferece. É um ‘o que vamos fazer para que seu filho consiga lidar melhor com o que está acontecendo’”, afirma ele, que também é psicoterapeuta. “O profissional verá primeiro os pais, perguntará sobre a concepção e o parto, os primeiros anos de vida, se teve doenças, como é a questão da alimentação, sono etc., e qual a queixa. Só depois a criança entra e, se necessário, começam as sessões”, explica Rita Calegari. Nelas, a criança vai ser submetida a testes específicos, mas ela achará que está brincando. “A gente avalia tudo, pensa nos encaminhamentos, que podem ser desde a terapia, uma consulta a um neurologista ou até fazer uma atividade física”, diz a especialista.
As alterações de comportamento da criança são mais facilmente percebidas na escola. “O diagnóstico de um problema é frequentemente feito pela professora, que tem contato quase todos os dias do ano com a criança”, afirma Eduardo Troster. Seu colega de equipe do Hospital Albert Einstein, o pediatra Luiz Guilherme Florence, concorda, e pontua a importância do pediatra também estar atento aos sinais que a criança apresenta. “Nos Estados Unidos já existe uma especialidade pediátrica voltada para a análise de questões de desenvolvimento e comportamento. Ela abrange uma gama de situações vinculadas a esses quadros, desde o famoso transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) até questões mais gerais, como problemas de sono. Um dos principais objetivos é o de capacitar os pediatras gerais a enxergar esses tipos de problemas”, afirma. “O mais importante em relação ao diagnóstico de comportamentos alterados em crianças é a diferenciação entre um atraso esperado e o atraso que já demonstra sinais de patologias.” Ou seja, se temos uma rede de cuidados com a criança, o pediatra é o núcleo.
Paciência e foco
Se o diagnóstico exige habilidade do profissional, o tratamento pede paciência. É bem diferente de identificar um sintoma, levar ao médico, fazer o exame no laboratório, tomar o remédio e aguardar a cura. O tempo do tratamento varia conforme o caso e o método.
Paciência, rede de assistência e informação são os ingredientes principais, não só na hora de optar por levar a criança ao terapeuta, mas para lidar com ela todos os dias. “Caso nenhum significará fracasso dos pais. Criança não vem com manual, todos erram e podem corrigir seus erros”, diz a psicóloga Ceres de Araújo, professora da PUC-SP. “A ideia é ajudar os pais a desenvolverem melhor a capacidade de ser pais daquela criança”, diz a psicanalista Gina Levozin. Rumo a um mundo com menos culpas e com mais soluções.
Até com os bebês
No mundo inteiro há linhas de abordagem de observação e estudos sobre a saúde mental dos bebês, sempre demonstrando que eles são muito mais sensíveis do que imaginamos.
Isso pode apontar que, uma vez que a família esteja sofrendo, nunca é cedo demais para procurar ajuda. Sim, por mais que ele não deite no divã e conte sua história, é a porta de entrada para a terapia àquela família. A terapeuta Regiane Glashan é uma especialista. De tanta experiência na relação de vínculo mãe e filho, focou seu atendimento no pós-parto, como terapeuta perinatal ou, como o nome do seu site diz, “terapeuta de bebês”. “Um bebê quieto ou que dorme demais ou que não responde a estímulos, pode apontar problemas cognitivos, claro. Mas, se não tiver apresentado nenhuma doença, fazemos uma colcha de retalhos de informações com a família para chegar ao por quê”, afirma Regiane. Investiga-se de tudo. “Desde a ponte de sentimentos da mãe com o bebê até qual a rede de apoio que ela tem para cuidar do filho, ou o quanto ela se sente sobrecarregada, por exemplo.”
E quando o problema é com os pais?
Sensíveis ao que as rodeia, as crianças podem apontar os problemas, mas não ser a fonte. Ou seja: pode não estar acontecendo nada com o filho, mas é ele quem vai revelar a dificuldade da família.
E não apenas estamos falando de casais em conflito – chegando à separação ou não –, perda de emprego de um dos pais, ou outro fator traumático no dia a dia, em que os adultos estejam “pedindo socorro”. Mas também de casos em que a questão seja a exagerada expectativa dos pais e a comparação desmedida com outras crianças. Segundo os especialistas, chegam ao consultório os mais diversos casos. “Desde separações em litígio, ou alguém deprimido, até pais muito invasivos, que exigem demais da criança e do desenvolvimento dela”, explica a psicanalista Gina Levozin.
Muitas vezes os pais procuram o especialista, mas apenas uma conversa já resolve, até com o encaminhamento deles a uma terapia em separado. “A orientação pode ser suficiente. Informação correta acalma ansiedades”, diz a psicóloga Ceres de Araújo.
Fonte: Crescer
Levadas pelo sonho de brilhar nas passarelas e se tornar uma futura Gisele Bündchen, muitas meninas acabam sendo comercializadas sexualmente em outros países e nunca mais conseguem retornar para suas casas. Este é o alerta de Caio Almeida, coordenador de TI da Safernet, instituição que há cinco anos promove o uso ético e responsável da internet no Brasil. Ele discutiu o assunto durante o debate sobre prevenção do abuso online de crianças e adolescentes promovido em parceria pela Childhood Brasil e a revista Capricho, no dia 23 de setembro último, na pré-estréia do filme Confiar, que aborda o abuso sexual de uma adolescente de 14 anos.
Segundo o especialista, o Ministério Público tem recebido várias denúncias de falsas agências de modelo na internet que prometem trabalho e fama para as garotas trabalharem em países distantes como Emirados Árabes e as Ilhas Cayman. Eles aproveitam-se da vulnerabilidade das adolescentes, normalmente vindas do Nordeste, pedindo fotos sensuais. Depois, elas são levadas para o exterior, onde têm o passaporte retido e são impedidas de voltar. O caso é chamado na polícia de “Ficha Rosa” de garotas. “As meninas sem perspectivas em sua região vão em busca de um sonho e acabam virando prostitutas e escravas fora do país”, afirma Caio Almeida.
A indústria da exploração sexual e do tráfico de pessoas atua em sites suspeitos, hospedados em outros países, difíceis de serem rastreados. Há muitos agenciadores e abusadores sexuais de crianças e adolescentes que usam serviços anônimos.
Segundo Caio, o cuidado deve ser redobrado antes de encontrar com pessoas com as quais se conversa apenas na internet, porque é um risco muito grande. Ele cita, como exemplo, o caso de duas garotas na Bahia que marcaram de sair com rapazes que conheceram na internet. Ficaram três dias com eles e nunca mais voltaram, porque acabaram sendo assassinadas. “É muito importante promovermos discussões e levarmos informação para prevenir os adolescentes destas situações”, afirma.
O evento contou também com a participação de Ana Maria Drummond, diretora executiva da Chilhood Brasil; Renata Libório, psicóloga da Unesp e organizadora do livro “A exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil”; Neide de Oliveira, procuradora do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e integrante do Grupo de Combate aos Crimes de Divulgação de Pornografia Infantojuvenil e Racismo na Internet, a editora de comportamento da revista Capricho, Tâmara Forresti e a estudante Anne Beatrice Drewes, que desenvolve projeto de internet segura no colégio Porto Seguro em São Paulo.
Fonte: Childhood Brasil
Com o objetivo de intensificar as ações de enfrentamento ao abuso e à exploração de crianças e adolescentes, a prefeitura de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, lançou este mês a campanha “Turismo Sexual não é nossa praia”. Para sensibilizar a população, estão sendo divulgados materiais informativos fixados e distribuídos em locais públicos para a prevenção e a promoção dos canais de denúncia. Haverá também atividades de esclarecimento e mobilização em escolas, estabelecimentos comerciais e no setor de serviços, principalmente voltados à indústria de turismo.
A iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social do local, com o apoio da Childhood Brasil e do Canal Futura, inclui a criação do selo de certificação com o slogan “Turismo sexual não é nossa praia”, destinado a empresários e comerciantes de cerca de mil instituições que se envolverem diretamente na campanha. Para receber o selo, é preciso assinar um termo de compromisso, que prevê a promoção de ações concretas e efetivas de sensibilização do público interno, dos participantes da cadeia produtiva e de clientes.A campanha é resultado do projeto Que Exploração É Essa? , que vem trabalhando com 130 profissionais das redes de proteção de direitos da infância e adolescência nos municípios de Arraial do Cabo, Niterói e São Gonçalo para ampliar o enfrentamento ao problema. Além das prefeituras dos três municípios e do Canal Futura, o projeto tem a participação da Childhood Brasil e consultoria de Tiana Sento-Sé, da Ecpat Brasil.
Em oficinas e palestras, os profissionais de saúde, educação, justiça e assistência social têm recebido capacitação a partir de material audiovisual e gráfico, desenvolvido pela série de TV homônima, exibida em 2009 pelo Canal Futura. Cinco episódios de sete minutos retratam a viagem de um caminhoneiro e seu filho pelas estradas brasileiras deparando-se com diversas situações de exploração de crianças e adolescentes. Os programas, realizados com manipulação de bonecos, levaram dois anos para serem produzidos em conjunto com vítimas e instituições especializadas como a Childhood Brasil, a Casa de Passagem, de Pernambuco, e a ONG Lua Nova, de São Paulo. A trama de ficção é intercalada com depoimentos de especialistas e autoridades.
Fonte: Childhood Brasil
AP
O Conselho Nacional de Justiça divulgou no início da madrugada desta quinta
(13) dados que iluminam o flagelo da política de adoção de crianças no Brasil.
Numa ponta do Cadastro Nacional de Adoção há 26.936 casais interessados em adotar. Na outra ponta, existem 4.900 crianças e adolescentes à espera de um lar.
Ou seja, o número de potenciais pais adotivos é cinco vezes maior que o de candidatos à adoção. Por que, então, os abrigos e orfanatos continuam apinhados?
A resposta está no detalhamento dos dados disponíveis no cadastro nacional, criado e administrado pelo CNJ.
Do total de casais que frequentam a fila da adoção, 9.842 (36,54%) declaram-se interessados em crianças brancas.
Apenas 571 casais (2,12% do total) manifestam preferência por crianças negras. Os que dizem aceitar crianças pardas somam 1.537 (5,71%) pardas.
Outros 9.083 pretendentes à adoção (33,72%) decararam-se indiferentes quanto à raça dos futuros filhos adotivos.
Juntos, os casais que manifestam preferência explícita por pardos e negros somam 7,82% do total.
O problema é que, das 4.900 crianças que aguardam por adoção, 2.272 (46,37%) são pardas e 916 (18,7%) são negras. Juntas, constituem a grossa maioria (65,07%).
Ostentam a pele branca apenas 1.657 crianças e adolescentes mantidos em orfanatos –ou 33,82% do total. Há, de resto, 29 crianças indígenas e 35 asiáticas.
Consdiderando-se que 33,72% dos casais dizem não se importar com a raça, o problema poderia ser atenuado. Há, porém, um segundo entrave: a faixa etária.
A maioria dos casais (58,95%) não admite a hipótese de adotar crianças com mais de três anos de idade. E a maioria delas tem mais de quatro anos.
Não é só: 22.341 casais (82,94% do total) torcem o nariz para a ideia de adotar grupos de irmãos, como prevê a lei.
O diabo é que, do total de crianças passíveis de adoção, 3.780 (77,15%) tem irmãos.
Quer dizer: se a criança tem mais de quatro anos é negra ou parda e convive com a infelicidade de dispor de irmãos, está como que condenada a não ser adotada.
Dito de outro modo: a resolução do problema depende de uma conjunção de fatores muito difícil de ser obtida.
Inclui a mudança de mentalidade dos casais, a agilização dos processos judiciais e flexibilização da lei que rege as adoções.
Em resumo, seria necessário que o país experimentasse um surto de bom senso. E sensatez, como se sabe, é matéria prima escassa.
Fonte: Folha Online – Por Josias de Souza
O Blog Diga Não À Erotização Infantil apóia essa causa.
Pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil.
Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.
A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.
Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.
A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.
Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.
Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.
Para assinar, copie o link no seu navegador:
www.publicidadeinfantilnao.org.br
Fonte: Projeto Criança e Consumo
PROIBIDO PARA MENORES
Volta à pauta discussão sobre lei que proíbe publicidade dirigida a crianças com menos de 12 anos. Entidades, anunciantes e associações divergem sobre o tema
A proximidade do Dia das Crianças – celebrado em 12 de outubro no Brasil – dá ainda mais luz a uma discussão que voltou seriamente à pauta em junho deste ano: a possibilidade da proibição de publicidade dirigida ao público infantil. Sobre o tema, muitas questões são levantadas e, se aprovado o projeto de lei do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o Brasil pode se juntar aos outros três países do mundo que proíbem a prática: Noruega, Suécia e Canadá (este último, apenas da província de Quebec).
As polêmicas sobre o assunto são muitas. Afinal, qual a seria a influência de um comercial de um produto dirigido a um consumidor com menos de 12 anos? Em meio à discussão, há pontos de vista diversos: associações de defesa dos direitos de crianças e adolescentes são radicais: acreditam não devem ser permitidos anúncios a crianças de quaisquer idades. Publicitários e anunciantes acham que a autorregulamentação, que existe desde 2006 e é feita pelo Conar, dá conta do recado. Já as emissoras, que veiculam tais anúncios, acham que tal proibição pode inviabilizar a produção de atrações de qualidade para o público infantil, já que elas dependem dos anunciantes para se manterem no ar. Com tantos interesses distintos, era claro que o tema seria polêmico. E, independentemente de a lei ser aprovada ou não, o tema continuará controverso.
ALVO CERTO
Na TV aberta, não é novidade de que parte das emissoras dedica sua grade matutina à programação infantil. No entanto, o crescimento da TV por assinatura aumentou a vigília das associações de proteção às crianças. Do total de telespectadores da paga, segundo dados publicados pela Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), referentes a 2010, 12% dos consumidores dos canais tinham de 4 a 11 anos. No entanto, se as crianças não representam a maioria dos consumidores de TV, são elas que compõem o público que mais tempo dedica a assistir a televisão: média de 2h34 diários.
Gabriela Vuolo, coordenadora de Mobilização do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, garante que a questão não é ser contra ou favor da publicidade, mas seu direcionamento. “Não há problema quanto à publicidade, desde que ela seja direcionada para os pais. A gente entende que a criança não tem habilidades e ferramentas psicológicas para compreender as mensagens embutida nos anúncios. O direcionamento precisa ser mudado e aí precisamos desse lado criativo dos publicitários para criar anúncios legais para os pais”, afirma.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) reitera o posicionamento da Alana e completa: o alto índice de obesidade infantil registrado no Brasil nos últimos anos teria muito a ver com anúncios dirigidos ao público de menos de 12 anos. “Aqui no Brasil, a famosa mistura de arroz e feijão está perdendo espaço para os alimentos processados, como salgadinhos e refrigerantes. Uma criança que fica em torno de cinco horas por dia diante da TV, tem acesso a cerca de trinta anúncios publicitários a cada hora. E boa parte disso é de alimentos”, diz Adriana Charoux, pesquisadora da entidade.
“A publicidade às vezes passa por cima, inclusive, de coisas que já estão asseguradas pela legislação, como o caso do McLanche Feliz, da venda casada de lanches com brinquedos. Existem algumas cidades no país que já estão fazendo ajustes para fazer essa venda separadamente”, completa.

CHUVA DE INFORMAÇÕES
Por ocasião do Dia das Crianças, em 1° de outubro do ano passado, o Criança e Consumo monitorou dez horas de programação (das 8h às 18h) de sete canais de TV: dois abertos (Globo e SBT) e cinco fechados (Cartoon Network, Boomerang, Disney XD, Discovery Kids e Nickelodeon). No total, foram contabilizadas, aproximadamente, 1,1 mil inserções, de cerca de 350 publicidades diferentes.
De acordo com o levantamento, do total de anúncios, mais de 76% foram de brinquedos, sendo que as empresas que mais anunciaram foram a Hasbro, a Mattel e a Candide.  Entre os canais, os que mais veicularam propagandas voltadas para crianças foram Cartoon e Discovery Kids, que registram uma média de 13 e 11 inserções a cada meia hora, respectivamente.
O objetivo do levantamento era o de mostrar a quantidade de propagandas às quais as crianças eram submetidas na programação da TV e pedir providências às entidades responsáveis. “Existem muitos estudos e mesmo os dados do IBGE mostram os impactos da publicidade mal direcionada. Temos crianças obesas, erotização precoce, estresse familiar. Os estudos mostram essa relação direta da publicidade com o comportamento das pessoas”, explica Gabriela Vuolo, da Alana.
Mais que uma escolha de mídia, completa Gabriela, a mensagem deve se preocupar com a linguagem utilizada. E este seria, atualmente, um dos maiores pecados do mercado anunciante nacional. “A publicidade tem que ser direcionada para adultos. Por exemplo, não creio que uma criança de menos de 12 anos leia a Folha de S.Paulo. No levantamento que fizemos, pudemos perceber que as peças usam personagens infantis. Eles as colocam no meio dos desenhos e a criança não tem discernimento para diferenciar publicidade de programação. Eles fazem isso para, justamente, alimentar essa confusão na cabeça dela. Então, fica muito claro que aquela publicidade foi direcionada para a criança e não para o adulto”.
Mesmo com tantos apontamentos, o Idec afirma que, obviamente, não é a publicidade a grande vilã dos males infantis, mas não ameniza suas responsabilidades. “Não podemos afirmar que é culpa exclusiva da publicidade, mas certamente ela tem uma participação importante nisso. Especialmente considerando que o público infantil é determinante na escolha de compras dos familiares. E ela não tem a formação cognitiva completa até os 12 anos. Neste contexto, de forma nenhuma demonizamos a publicidade e falamos que ela é causadora de todos os males que enfrentamos hoje, mas com certeza ela é um vetor de comunicação e educação muito poderoso”, afirma.
AUTORREGULAÇÃO
Atualmente, a publicidade direcionada ao público infantil brasileiro é balizada por normas do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), conselho formado por representantes da sociedade civil, fabricantes, anunciantes e publicitários.
Desde junho de 2006, o Conselho impôs regras para a produção e veiculação da publicidade dirigida às crianças. “Dado o rigor das normas éticas postas em prática mais o monitoramento pela equipe do Conar das peças publicitárias do gênero, associado às denúncias de consumidores e autoridades, houve crescimento significativo no número de representações abertas e liminares concedidas”, informa a entidade, em nota.
O aumento da demanda referente ao tema pode ser comprovado por números fornecidos pela associação. De meados de dezembro do ano passado até agosto passado, o Conar havia sustado, liminarmente, dez anúncios dirigidos a crianças e adolescentes. “A reforma do código atendeu ao propósito de manter elevados os padrões éticos da comunicação e, principalmente, dar respostas apropriadas às justas preocupações da sociedade com a formação da suas crianças e adolescentes, integrando-se aos esforços para a formação de cidadãos responsáveis e consumidores conscientes e na difusão de hábitos de vida saudável, secundando o insubstituível papel dos pais, professores e das autoridades”.
A eficácia das medidas, no entanto, é contestada pelas associações. Para elas, falta imparcialidade nos julgamentos realizados pelo Conselho. “Deixamos de mandar coisas para o Conar porque entendemos que ele não é um órgão sério e capaz de fazer esse julgamento de maneira imparcial. Chamaram o instituto de ‘BruxAlana’ e que nós estávamos preocupados com a obesidade, mas que isso era um problema dos meninos loirinhos da Dinamarca. Que no Brasil, os meninos sofrem é de desnutrição. Foi bem diferente até do tom que nós tínhamos com eles”, afirma Gabriela, do Alana.
“Não temos nenhum problema com os publicitários ou anunciantes. Nosso problema é com o conteúdo direcionado. No entanto, eles se mostraram em desacordo com isso. Não é uma birra e nem enfrentamento gratuito, mas precisamos de coisas que promovam qualidade de vida e não o contrário. E, enquanto o conteúdo publicitário andar ao contrário disto, nós vamos nos manifestar contrariamente”, diz o Idec.
ATITUDES RESPONSÁVEIS
A maior parte das empresas anunciantes afirma respeitar as regras de conduta impostas pelo Conar. O McDonald’s, empresa citada pelo Idec por fazer a venda casada de lanches e brinquedos, afirma respeitar todas as orientações em suas iniciativas dirigidas às crianças. “Isso se aplica tanto às suas peças de publicitárias, que não são veiculadas em programas para audiência em idade pré-escolar, quanto às promocionais, sem qualquer tipo de divulgação de produtos em escolas”, afirma a rede.
A empresa salienta, ainda, que o personagem Ronald McDonald’s, símbolo da rede, faz apresentações que têm em seu roteiro mensagens “exclusivamente educativas”. “Os shows são realizados em escolas, hospitais, orfanatos e restaurantes da rede, e não há distribuição de brindes ou produtos e nem são realizadas promoções de qualquer tipo. As apresentações promovem conceitos de saúde, valorização da amizade, importância dos esportes para uma vida saudável e respeito ao meio ambiente”.
A Coca-Cola, anunciante presente em diversas mídias e horários, afirma ter assinado compromisso público e voluntário – junto de 21 empresas líderes do setor de alimentos e bebidas – de não dirigir propagandas a menores de 12 anos. “A Coca-Cola Brasil acredita que esta é a postura de empresas responsáveis. Por isso, apoiou ativamente o desenvolvimento destas diretrizes relacionadas à publicidade para crianças e estamos felizes que a indústria de bebidas e alimentos brasileira tenha decidido adotá-las”, explica Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil.
Também do ramo de bebidas, a Ambev garante estar em dia com o código adotado pelo Conar. E afirma que, juntamente com o compromisso público assinado pela companhia em 2009, aplicável à publicidade dirigida a crianças, os princípios gerais se tornaram extremamente rígidos. “A Ambev tem por princípio obedecer a todas as leis e regulamentos aplicáveis às suas atividades, onde quer que atue. A empresa mantém um código de marketing responsável e é signatária do Conar no Brasil”.
Representante do setor alimentício, a Danone afirma que só faz comunicação de produtos que estão em linha com sua missão de saúde e nutrição ao consumidor. No caso das crianças, só são feitas comunicações dirigidas de produtos que atendam às necessidades nutricionais deste público, no caso, o Danoninho. “Toda comunicação dirigida ao público constituído por crianças de 3 a 12 anos, expostas à publicidade da marca, é restrita aos produtos cujo perfil nutricional e tamanho de porção estão em conformidade com as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, bem como com o Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde”, diz a empresa. “Vale destacar ainda que a Danone apoia a autorregulamentação, por meio da cooperação entre iniciativa privada e autoridades de saúde, em linha com as mais atuais práticas de marketing e comunicação responsável”, completa.
A TV Globo, emissora que recebe maior reparte do bolo publicitário nacional, defende a importância dos patrocinadores para viabilizar programas de qualidade. “Acreditamos que, se a proposta for aprovada de forma radical e os anunciantes ficarem impedidos de anunciar, ocorrerá a diminuição da oferta de programas criados e produzidos para crianças por falta de patrocinadores”, afirma a Central Globo de Comunicação.
De todos os lados dessa balança, argumentos não faltam. No Congresso, os parlamentares terão que debater a necessidade de uma lei que regule, de fato, a comunicação publicitária, sem que haja ares de censura. Nos Procons espalhados pelo país, apenas 1% das reclamações têm a ver com anúncios. E o impasse parece bem longe de uma resolução que seja razoável a todas as partes. Vejamos os próximos rounds desta disputa.
PARÂMETROS UTILIZADOS
Atualmente, a publicidade dirigida ao público infantil é autorregulada pelo Conar. Veja como:
- Crianças e adolescentes não devem ser usados como modelos para vocalizar apelo direto, recomendação ou sugestão de uso ou consumo por outros menores ["Faça como eu, use..."].
- O planejamento de mídia deve refletir as restrições técnica e eticamente pertinentes, buscando-se o máximo de adequação à mídia escolhida.
- São reprovados anúncios capazes de provocar qualquer tipo de discriminação, a utilização de formato jornalístico e a exploração de situações capazes de infundir medo às crianças.
Já eram recomendações do código, anteriores à reforma de 2006:
- Respeitar a dignidade, ingenuidade, credulidade, inexperiência e o sentimento de lealdade do público-alvo.
- Dar atenção às características psicológicas do público-alvo e seu discernimento limitado.
- Evitar eventuais distorções psicológicas nos modelos publicitários e no público-alvo.
- Peças publicitárias não devem associar crianças e adolescentes a situações ilegais, perigosas ou socialmente condenáveis,
- Impor a noção de que o consumo proporcione superioridade ou inferioridade e provocar situações de constrangimento com o propósito de impingir o consumo.
- Os anúncios devem valorizar a prática de atividades físicas.
- Na publicidade que se utiliza de personagens do universo infantil ou de apresentadores de programas dirigidos a este público-alvo, recomenda-se que as veiculações ocorram apenas nos intervalos comerciais, de modo a evitar a confusão entre conteúdo editorial e espaço publicitário e que não haja estímulos imperativos, especialmente se apresentados por pais e professores, salvo em campanhas educativas.
Fonte: Portal Imprensa
Desde a sua criação, em maio de 2003, o Disque 100, serviço telefônico para comunicar casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes já realizou 2.856.996 atendimentos e encaminhou 182 mil denúncias de todo o país. No primeiro semestre de 2011, o maior número de denúncias veio da região Nordeste, com 37% dos atendimentos, seguida da região Sudeste, com 33%.
A coordenadora do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Leila Paiva, explica que todos os casos são encaminhados e monitorados pelo Ministério Público:
O Disque Denúncia acompanha o prosseguimento do caso para ver se a pessoa procurou o hospital, a delegacia, os conselhos?
O serviço foi criado para ser o canal de comunicação entre a sociedade e o poder público para receber e encaminhar as denúncias. Atualmente, o serviço conta com uma central de monitoramento para acompanhar os casos, como ferramenta de apoio. Mas, este monitoramento deve ser realizado pelo Ministério Público Estadual / Federal, para onde são encaminhadas as denúncias, para que o órgão acompanhe.
Do total de denúncias recebidas hoje, quantas são de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes?
O módulo criança e adolescente do Disque 100 já recebeu mais de 182 mil denúncias. Como uma denúncia pode registrar mais de um tipo de violência contra uma ou mais vítimas, verifica-se que 28% das denúncias registram violência sexual (abuso e exploração sexual). Do total dos registros de violência sexual, 61% correspondem a abuso sexual e 39% correspondem a registros de exploração sexual.
As denúncias de pornografia infantil na internet também devem ser feitas pelo Disque 100 ou vocês indicam outro número?
A produção, reprodução, venda, exposição, comercialização, publicação ou divulgação de materiais pornográfico com crianças ou adolescentes na internet – podem ser feitas pelo número 100, ou pelo site www.disque100.gov.br, criado especificamente para esse tipo de denúncia.
Qual a diferença da pessoa fazer a denúncia no Disque 100, de ligar para o 190 ou o 191?
O Disque 100 é canal de comunicação entre a sociedade e o poder público para recebimento e encaminhamento das denúncias, com foco na proteção das crianças. A população denuncia, o poder público, recebe, encaminha para os órgãos responsáveis para a investigação e a solução dos casos. O 190, geralmente, é indicado para casos de flagrante, porque a polícia pode chegar mais rápido no local. O disque 100 também pode ser acionado em caso de flagrante, mas a denúncia será encaminhada imediatamente aos órgãos responsáveis.
Outro diferencial, é que o disque 100, além de registrar e encaminhar, é responsável por monitorar as denúncias, procurando saber quais as providências foram adotadas pelos órgãos acionados, especialmente junto ao Ministério Público Estadual / Federal, que realiza o monitoramento das denúncias encaminhadas, conforme Termo de Cooperação Técnica com a SDH,
Uma das críticas feitas ao Disque 100 é de ser muito abrangente. Há especialistas que defendem que deveria haver um número específico somente para o abuso sexual de crianças e outro para a exploração, para haver um atendimento mais adequado. Vocês têm algum projeto de mudança?
Não. Todos os nossos atendentes são treinados e capacitados continuadamente sobre os referidos temas e aptos a atender e orientar qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes.
Em São Paulo, existe um projeto de lei, do vereador Floriano Pesaro, para criar um telefone específico de denúncias de casos de violências sexual contra crianças e adolescentes na cidade de São Paulo. O que a secretária pensa a respeito?
Quanto mais meios de denúncia houver, melhor será. Alguns estados já têm o seu próprio disque denúncia e isso não atrapalha os trabalhos. Reforça o registro do número de casos e, principalmente, aumenta a proteção e atenção às crianças. O serviço serve para protegê-las de abusadores e exploradores. Qualquer serviço criado será sempre uma parceria entre governo, estados e municípios.
Fonte: Childhood Brasil